Importar-se com alguém é uma das maiores demonstrações de respeito e consideração que podemos oferecer ao outro. Declinar um happy hour para poder dar colo àquela amiga que precisa desabafar não fará bem apenas a ela, mas provavelmente te fará um bem ainda maior.

Vivemos numa época em que o tempo é um dos bens mais preciosos e a falta dele se transformou em álibi para justificar a falta de atenção a alguém ou a algo. Apostamos que esta justificativa é compreensível, afinal, quem não sofre deste mesmo mal de ver o tempo escorrer pelas mãos? Porém, ao pensarmos desta forma, estamos perdendo (mais) uma chance de fazer circular uma das energias mais poderosas que podemos gerar: a empatia.
Eu sei que em alguns casos pode parecer um “alarme falso” e aquele pedido de colo da amiga não passe de um tipo de manipulação, uma tentativa de encontrar alguém que dê legitimidade ao comportamento de vítima. Porém, não devemos dar de ombros a este tipo de manha, por trás dela se esconde uma necessidade de ajuda. Se importar não é passar a mão na cabeça, pode e deve ser o puxão de orelha necessário para que a pessoa assuma as responsabilidades pelo que colhe e planta.
E quando se importar, esteja realmente lá pela pessoa, não precisa ser fisicamente, no entanto, estar de coração é essencial. Você verá que esta atitude só facilita a exposição dos fios quase invisíveis que nos unem em nossa condição humana.